quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Sol

Que dia bonito! Estava lá, ele como um doidivano a esperar por mais beleza, quem sabe até o êxtase... vá lá saber, era considerado louco mesmo. Se bem que era verdadeiramente um banquete aos olhos nobres que o contemplasse, o Céu, o entardecer. Mais divino e aterrador que o amanhecer, trazendo até ele uma pergunta: O que será da noite? Será tão bela e dígna do evento que a precedeu? O êxtase o libertou da vida! Tomado, então, de devaneios próprios dos iluminados, ele se foi. Rumo ao infinito. Com uma estrela na mão e um copo de água, ele fez um milagre. Fez chover estrelas cadentes, multiplicando sorrisos e gozos do povo em geral. O liberto então saiu de cena e tomou seu manto e, vagando como os libertos vagam, foi dormir no canto de uma ave rupestre. E fez chorar o que o viu ascender aos planos inconcebíveis.

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