domingo, 27 de setembro de 2009

Eu estava sóbrio, íntegro, inteiro.
Quando o acaso chutou no meu travesseiro
Uma poesia para o Rio de Janeiro

Era um punhado de pedra dura
Praias de areias finas
A Praça XV escura
Assustando o menino de Minas

Era a nossa cachaça bebida na Lapa
Que nos fazia girar saindo do mapa
Para agüentar o frio das escadarias coloridas

Era o vômito, o cansaço, as corridas,
Era puxar da memória
A melhor história
Das piores mulheres das nossas vidas

4 comentários:

Anônimo disse...

Já vi que você é da boemia, quando for ao Rio novamente vamos tomar umas na Lapa...

Michelsius disse...

cachaça arde na guela
o sol na cabeça
por isso eu não bebo de dia

Lua disse...

Agradeça ao acaso que chutou teu travesseiro!
Em outra encarnação, devo ter morado no rio (de Janeiro), rs

muito bom, rapaz

Daniel Venturini disse...

Boemia e malandragem sempre foram a cara de uma cidade tão castigada e esvaziada como o Rio. Espero que possamos de verdade torná-la um exemplo de limpeza, ordem e progresso, um verdadeiro centro de turismo, geracao de emprego e paz urbana. Estou farto desta esquerda festiva da zona sul que toma o seu choppe na Lapa, suja toda a região e se esquece que há uma comunidade enorme de mendingos, travestis, garotos de rua que vivem no ambiente liberal que todos frequentam. Quero trabalho e não mais ouvir este papo furado de botequeiros. Grande abraco.