Edu precisava dançar, sentia internamente as perfeitas vibrações musicais que lhe causava estímulos da cabeça aos pés. Porém através de um movimento voluntário, travou seu esqueleto, prestes a entrar em colapso, devido à discriminação, provável, dos olhos alheios.
Dessa forma, para evitar qualquer constrangimento, seguiu seu caminho, de pés calados, sedentos por uma dança.
André Tostes
Enquanto isso (...)
Gabi trancou o quarto, colocou um CD que já tinha uma camada considerável de poeira e aumentou o volume.
Não estava feliz, nem triste. Mas seu corpo vibrava num compasso ritmado, exato.
Era ânsia de estar além, de cortar o ar, de materializar a poesia que estava dentro dela. Então dançou. Como nunca antes, Gabi dançou.
Parou de sopetão. Corou rápido, abriu um meio-sorriso amarelo...
“droga, esqueci a janela aberta”
“Se eu não puder dançar essa não é a minha revolução” - Emma Goldman
5 comentários:
Sintonia total! rs
lamentáveis os que não dançam.
dancem!!!
=)
Eu não danço.
Mas eu gostava de tomar café na janela e um dia uma moça começou a dançar, era quase como ver um desabafo. Quando ela me viu ficou com um pouco de vergonha, mas não fechou a janela. Não é que ela quisesse ser vista, acho que pensou que era falta de educação. Depois eu a cumprimentava quando a via na janela e ela respondia. Mas isso foi há muito tempo e em outro lugar.
Esses nunca se permitirão encontrar em um salão...
saiam pra dançar.
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