sexta-feira, 23 de outubro de 2009

medley

Edu precisava dançar, sentia internamente as perfeitas vibrações musicais que lhe causava estímulos da cabeça aos pés. Porém através de um movimento voluntário, travou seu esqueleto, prestes a entrar em colapso, devido à discriminação, provável, dos olhos alheios.
Dessa forma, para evitar qualquer constrangimento, seguiu seu caminho, de pés calados, sedentos por uma dança.
André Tostes

Enquanto isso (...)

Gabi trancou o quarto, colocou um CD que já tinha uma camada considerável de poeira e aumentou o volume.
Não estava feliz, nem triste. Mas seu corpo vibrava num compasso ritmado, exato.
Era ânsia de estar além, de cortar o ar, de materializar a poesia que estava dentro dela. Então dançou. Como nunca antes, Gabi dançou.
Parou de sopetão. Corou rápido, abriu um meio-sorriso amarelo...
“droga, esqueci a janela aberta”

“Se eu não puder dançar essa não é a minha revolução” - Emma  Goldman

5 comentários:

Flávio Morgado disse...

Sintonia total! rs

joão disse...

lamentáveis os que não dançam.
dancem!!!
=)

Caraíba disse...

Eu não danço.
Mas eu gostava de tomar café na janela e um dia uma moça começou a dançar, era quase como ver um desabafo. Quando ela me viu ficou com um pouco de vergonha, mas não fechou a janela. Não é que ela quisesse ser vista, acho que pensou que era falta de educação. Depois eu a cumprimentava quando a via na janela e ela respondia. Mas isso foi há muito tempo e em outro lugar.

Anônimo disse...

Esses nunca se permitirão encontrar em um salão...

DaniNeto disse...

saiam pra dançar.