sábado, 29 de novembro de 2008

O poeta sempre foi um cara sério demais, eu o observo da minha janela, se arrastando pelas ruas não vira o rosto quando passa a mulher e só interrompe o constante e metódico andar para falar de literatura: “Eu não acredito em homens que não leram Thomas Mann e Shakespeare”, disse uma vez ao seu aluno, “eu não acredito que o senhor seja homem”, respondeu prontamente com um sorriso no rosto, o jovem que ganharia mais dinheiro e mulheres que o nobre homem à sua frente.
Mas o que é o dinheiro comparado à vaidade de um artigo publicado, de um livro premiado, da doce e respeitosa palavra saindo da boca dos interlocutores: “doutor”. O que são as mulheres perto das letras?
O poeta é o único homem sério do mundo, é necessário, no meio de tantos enganadores, tantos “troca tintas” que lançam livros que os outros lêem, “ah, é o fim dos tempos... Lê-se isso atualmente”. Nunca lerão seus estudos sobre Beckett? Nunca reconhecerão nele um Ruy Barbosa que seja?
“Eles não sabem o que fazem, a maioria nem possui graduação, ah que alívio respirar os ares de Paris, que alívio Senhor, que alívio!”

Um comentário:

R. Bloise disse...

Aposto q ele é gay
ja q ele n sabe oq sao as mulheres perto das letras.